Motos que não vieram para o Brasil

Quem acompanha o mercado internacional de motos, sempre vê que o "cardápio" de lá é bem maior que o nosso, com algumas opções até interessantes, mas que nem sempre chegam ao Brasil. Neste post vou falar de algumas destas motos que não vieram, e que de certa forma, fazem falta.


Na capa desta matéria, vemos a Yamaha YZF-R6, irmã maior e mais velha da recém lançada YZF-R3, esportiva de média cilindrada que existe a muito tempo no mercado europeu e norte-americano, mas que a Yamaha decidiu não oferecer a nós Brasileiros. As poucas unidades presentes no Brasil foram trazidas por importadores independentes, e não raramente apresentam problemas sérios de motor, deixando a dúvida se a Yamaha não trouxe por saber que ela não se adaptaria bem as nossas condições climáticas, ou se a tropicalização feita por estas importadoras não foram bem elaboradas.

Neste quesito de não oferecer os mesmos produtos que existem em outros mercados, a Yamaha deve ser a campeã, e a que mais vai repetir modelos neste post. Com vocês a FZ8N e Fazer 800:


Real sucessora da Fazer 600, ela apresentou algumas melhorias como suspensão invertida e um motor com maior cilindrada, a Yamaha preferiu trazer apenas o modelo XJ6, que utilizava o mesmo motor da Fazer 600, porém em uma versão mais barata e popular. Teria sido muito bom para nós, se eles não tivessem mantido na XJ6 o mesmo valor que era praticado na Fazer 600, que tinha qualidade muito superior.

WR250X e WR250R:



Modelos 250 "Premium" da Yamaha, com motor muito potente para a sua configuração 33cv, 1 cilindro 250cm³, e muita tecnologia e materiais nobres, como quadro e balança de alumínio, suspensão invertida, resultando em uma moto leve e ágil, que com certeza teria muitos fãs aqui no Brasil, mas como seu preço seria muito alto (igual a XT660), acredito que a Yamaha não enxergou um número de vendas que justificasse a sua vinda.

XT660X:


Modelo derivado da nossa XT660R, transformado em motard dentro da própria montadora, como é uma modificação simples, difícil entender o motivo pelo qual a Yamaha não oferece esta opção em nosso mercado, que acredito eu teria um número de interessados relativamente bom, já que muitos fazem estas modificações pós-compra.

E enfim deixando a Yamaha de lado...

GD250N e GD250R (também conhecidas por EXIV e EXIV-R):



Modelo fabricado pela Hyosung, com alta tecnologia e projeto bem acertado, 28cv, baixo peso, refrigeração líquida, filtro de ar superior, a frente do tanque de combustível, sub-quadro desmontável, suspensão invertida, em resumo, um excelente exemplar nesta categoria de baixa cilindrada. O modelo R chegou a ser flagrado no Brasil, e seria trazido pela Kasinski, parceira da Hyosung no Brasil, porém problemas na empresa brasileira a fez parar com a produção de motos, e os planos de comercialização deste modelo foram engavetados. A Hyosung, ao ser questionada sobre uma possível atuação no Brasil, foi clara ao dizer que não existe interesse por parte dela em vir para o nosso mercado.

CBR300R e CB300F:



Modelos muito interessantes da Honda, particularmente eu tenho uma grande queda pelo funcionamento e estilo da maioria dos modelos oferecidos por esta marca no mercado mundial, motos leves, com boas tecnologias, dóceis e muito elogiadas por diversas revistas pelo mundo, recebendo muitas indicações de melhor opção para se ter como primeira moto. Mas devido ao mal posicionamento de valores da Honda Brasil, quando a CBR250R foi comercializada, possuiu baixíssimas vendas, e se não é pra lucrar muito, nem fazem o esforço de trazer uma boa moto para o nosso mercado.

RC390:


Modelo esportivo da KTM, derivada da recém lançada Duke 390. Foi cogitada para vir ao nosso mercado, mas saiu das notícias e não existe mais nenhuma menção a ela no site oficial da KTM Brasil, pode até acontecer dela chegar de surpresa, mas talvez tenham abafado as notícias por acreditarem que tal modelo não possui características atrativas o suficiente para o nosso mercado a ponto de obter um número expressivo de vendas.

Triumph Street 250:


Modelo flagrado no desenvolvimento, após flagra, anunciado como produto para mercados emergentes, lista na qual o Brasil estava presente. 2 anos após terem anunciado o projeto, acabaram por decretar o seu fim, sem nem chegarem a comercializa-la em algum país.

Suzuki GSXR-600:


Modelo quase idêntico a GSXR-750 comercializada no Brasil, a especificação só as diferem na cilindrada e potência de cada uma, porém a Suzuki oferece ambos os modelos no mercado internacional, e no Brasil, talvez por sua semelhança em característica e preço, preferiu comercializar apenas o modelo com 750cm³.

Ninja 250SL e Z250SL:



Modelos de entrada do mundo Kawasaki, possuem motor mono-cilíndrico e baixo peso. Ambas ótimas opções para o nosso mercado, se as colocassem bem posicionadas, brigariam com Fazer 250 e CB300, porém com muito mais tecnologia e qualidade, motos que com certeza atrairiam um bom público.

Algumas motos desta lista ainda pode acontecer de serem lançadas por aqui, pois ainda são novas se tratando do mercado mundial, mas outras que já são comercializadas a muito tempo e ainda não chegaram, não acredito que chegarão um dia. Resta-nos esperar, mas com a economia em crise, não acredito que virá muita coisa além das já cogitadas pela imprensa, mas... fazem falta!

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